Congresso da USP <br>valoriza exemplo

Congresso-USPorto

O êxito da greve geral no distrito, na generalidade dos sectores, foi várias vezes referido durante os trabalhos do 10.º Congresso da União dos Sindicatos do Porto, que teve lugar no dia 16, na Casa Sindical, sob o lema «Dignificar a vida e o trabalho – emprego, salário, direitos, justiça, soberania!».

Na Resolução para a acção sindical imediata, afirma-se que «é imperativo do movimento sindical e de todos os trabalhadores lutar com determinação e por todos os meios ao seu alcance, a exemplo da grande greve geral do passado dia 14, no sentido de combater e derrotar a política de direita». E João Torres, da Comissão Executiva da CGTP-IN e coordenador da USP, no encerramento, garantiu que «quem foi capaz de fazer esta greve geral é capaz de coisas ainda mais difíceis», de forma a «dar o contributo do distrito para acabar com este Governo e esta política, antes que acabem com o País».

O congresso aprovou por unanimidade o Relatório de Actividades 2008-2012, uma resolução para a acção sindical nos próximos quatro anos e outra resolução sobre acção sindical imediata, e três moções (Mais e melhor justiça e distribuição da riqueza; Emprego, salários, direitos e contratação colectiva; Pela paz e a solidariedade entre os povos). A direcção da USP, que anteontem iria tomar posse e realizar a sua primeira reunião, foi eleita com 168 votos favoráveis e três votos em branco.

Durante o congresso intervieram 33 delegados. Entre os convidados, estiveram representantes da CIG e UGT (Galiza) e da ASPP/PSP. Assistiu ao encerramento uma delegação da direcção regional do PCP, que incluiu Jaime Toga, da Comissão Política do Partido.




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